O Brasil, um país de contraste dos mais variados tipos, desde naturais em suas paisagens que vão do cerrado às florestas tropicais, aos culturais que vão do primitivo indígena ao contemporâneo da população urbana. Apresenta outros aspectos que infelizmente não trazem proporcional alegria ao espírito da população brasileira. Essas problemáticas abrangem os âmbitos sociais, econômicos e ambientais, bases da sociedade.
Como um país listado entre os dez mais ricos do mundo pode ter tantas pessoas na zona da pobreza? Como um país de vastas áreas e inúmeros quilômetros quadrados de terra pode ter tanta gente lutando por um espaço para morar? E com um país com alto desenvolvimento tecnológico pode tratar de forma tão atrasada seu bem mais precioso e abundante, a natureza?
O Brasil tem o sistema eleitoral mais avançado do planeta (com suas urnas eletrônicas e envio de dados) e possui em seu território diversos centros tecnológicos criando artefatos e produzindo conhecimentos que há duas décadas eram inimagináveis. Apenas em 2010, após anos de tramitação, lançou um conjunto de leis de nome “Política Nacional dos Resíduos Sólidos”, que visa regulamentar assuntos primordiais como o manejo sustentável do lixo.
E nos dias de hoje, essa lei ajudou a diminuir o descarte indevido de resíduos?
Não, na última década o descarte indevido de resíduos sólidos urbanos no Brasil cresceu 16%. A quantidade total passou de 25,3 milhões de toneladas por ano em 2010 para 29,4 milhões de toneladas em 2019.
O destino desses resíduos para lixões ou aterros controlados, e não para aterros sanitários prejudica a saúde de milhares de brasileiros.
De acordo com a Abrelpe ( Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) até 2050 a produção de lixo mais 50% e poderá alcançar 120 milhões de toneladas por ano.
Quais regiões passam da média nacional (59,5%) de descarte inadequado?
- Norte (79%)
- Nordeste (74,9%)
- Centro-Oeste (65%)
Como funciona o descarte de resíduos sólidos em Sergipe?
Em 2019, Sergipe ainda contabilizava 58 lixões em atividade espalhados pelos municípios. O estado também dispõe de 18 aterros sanitários, 11 coletas seletivas implementadas, 33 cooperativas formalizadas, 64 Conselhos de Meio Ambiente criados por lei, 54 Fundos de Meio Ambiente, também criados por lei, e 1.523 catadores cadastrados nos 75 municípios sergipanos.
E no seu estado? Com funciona?
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